terça-feira, 10 de abril de 2012

Primeiros passos...



A construção de um espaço para se pensar e discutir as decorrências psicológicas relacionadas ao adoecimento surgiu há 4 anos, dentro de um Instituto de Psicologia Clínica, referência na abordagem Gestáltica no estado de Santa Catarina. Contaremos um pouco da nossa história para contextualizar o desenvolvimento de um trabalho pioneiro no Brasil que é fruto de uma ideia coletiva, muita dedicação, práticas e estudos, e buscas por referências dentro e fora do Brasil.

Em abril de 2008, foi criado um projeto no Instituto Müller-Granzotto de Psicologia Clínica Gestáltica, tendo por finalidade reunir profissionais, especialistas em Psicologia Clínica na abordagem Gestáltica, para pensar uma forma de se dedicar à demanda por atendimento psicológico a pacientes em tratamento oncológico. Esse projeto foi coordenado pela Psicóloga Maria Teresa Mandelli e participaram da equipe: Ana Carolina Seara, Fabiana Büchele, Gizeli de Souza Aguiar, Lydiane Soares, Maria Balbina Gappmayer, Rafael Zunino e Tamara Emerim Guerra. Alguns meses depois, a partir de muitos estudos sobre o tema e experiências clínicas, o projeto, então chamado “Gestalt-oncologia: um lugar além da doença”, foi apresentado para a comunidade. Seu objetivo era o de ser uma proposta de trabalho psicológico para dar suporte ao enfrentamento das transformações emocionais e físicas e promover um lugar onde o paciente pudesse encontrar outras possibilidades de vivenciar esse momento, elaborar o luto relacionado às perdas relativas ao adoecimento, entre outras questões que pudessem surgir. Essa proposta tinha como objetivo atender à demanda para trabalho em grupo e individual com pacientes diagnosticados com câncer.

Após algumas reconfigurações, em julho de 2010, o projeto foi encerrado. Nesse momento, foi realizada uma avaliação na qual foi constatado que a procura por esse trabalho acontecia mais para o atendimento individual, e uma avaliação do grupo de trabalho evidenciou alguns pontos importantes para a finalização do projeto nessa configuração.

Dando sequência à ideia inicial do projeto, duas terapeutas da equipe apresentaram um trabalho, relatando a experiência desse grupo de trabalho e propondo outras possibilidades no Gestalt em Ato (atividade teórico-vivencial, gratuita e aberta ao público, com o objetivo de ser um espaço de discussão e trocas relacionadas a temas atuais pertinentes à prática clínica).  A partir dessa experiência, o projeto foi renomeado para: Gestalt-oncologia - a construção de um caminho, ficando sob a coordenação de Ana Carolina Seara e Maria Balbina de Magalhães Gappmayer
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No próximo post, contaremos um pouco mais sobre a construção desse novo caminho.

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